Nanotecnologia, computação e biologia sintética são algumas das improváveis áreas de conhecimento que, em um futuro próximo, estarão totalmente integradas à pesquisa e desenvolvimento dos seus adorados cosméticos. Pelo menos é isso o que indica um report divulgado pelo bureau de pesquisa de tendências Stylesight, cujos destaques você confere abaixo:
Nanotopia
De acordo com o report do Stylesight, a nanotecnologia “pode revolucionar os cosméticos subvertendo a nossa noção do que é natural”. Como? O site cita o projeto NanoLift, que propõe a possibilidade de um “photoshop físico” por meio da injeção de nano partículas magnéticas no rosto, que poderiam ser manipuladas de forma a fisicamente ajustar e mudar a face das pessoas. A nano tattoo, desenvolvida no Departamento de Ciências Farmacêuticas da Northeastern University, poderia ser injetada na pele para fornecer uma amostra instantânea do funcionamento interno do corpo. E uma outra pesquisa em andamento poderia resultar em nano colorantes capazes de mudar o futuro da coloração, prevenindo até que os cabelos fiquem grisalhos. O report cita ainda o Skin Paper desenvolvido por Vanessa Harden e Tommaso Lanza, que poderia ser utilizado para testar cosméticos em uma “pele nano”.
Eletrônicos
Demonstrações da tinta condutora de eletricidade e, no canto superior direito, a “sombra” de LED ©Reprodução
Uma das inovações citadas pelo Stylesight é o projeto-conceito da designer Lulin Ding, que criou uma sombra de LED que ilumina – literalmente – o canto dos olhos. É mencionado também o BARE Conductive, a primeira tinta condutora de eletricidade considerada segura para a pele. Esse tipo de tecnologia, de acordo com o report, “abre o caminho para hidratantes e maquiagens que utilizam a condutividade natural do corpo para criar cosméticos eletrônicos”. Outro destaque são os “eletrônicos epidermais” desenvolvidos na Universidade de Illinois: trata-se de uma espécie de tatuagem temporária que adere à pele por 24 horas, incialmente criada para monitorar atividades cerebrais e cardíacas, mas que também pode ser utilizada no campo dos cosméticos do futuro.
Fragrâncias
Moodboard com imagem de Jenny Tillotson e, à direita, do vídeo de apresentação do “Swallowable Parfum” ©Reprodução
O Stylesight cita o “Swallowable Parfum” de Lucy McRae e Sheref Mansy, da Universidade Harvard: um perfume digestivo em forma de cápsula que, depois de ingerido, libera moléculas da fragrância por meio da pele do usuário. O projeto “Scentient Beings”, de Jenny Tillotson, também é destacado por “inventar uma nova ciência de apresentação de aromas, focando na fragrância e no impacto que ela tem para a saúde e o bem-estar”.
“Body Atmospheres”
O projeto “Digital Skins Body Atmospheres” de Nancy Tilbury é descrito pelo Stylesight como um “filme que explora o futuro dos cosméticos como uma experiência biológica, em quem partículas nano-eletrônicas criam formações líquidas em 3D e tecnologias engolíveis que pulsam luz através da pele”. Segundo o report, esse conceito poderia ser aplicado, por exemplo, em um “hidratante eletrodinâmico que cria uma superfície eletrônica na pele”, ou em um “esmalte dinâmico”.
Aperfeiçoamentos digitais
Para o Stylesight, a “Realidade Aumentada está diminuindo as barreiras entre o real e o que é gerado por computador potencializando o que vemos, sentimos, ouvimos e cheiramos”. Exemplo disso, segundo o bureau de tendências, é o ModiFace, fornecedor de tecnologias de transformações virtuais, que lançou um aplicativo de iPhone que é a primeira ferramenta virtual tipo “Antes e Depois” em Realidade Aumentada.
De acordo com o Stylesight, avanços na tecnologia de protéticos e de materiais biologicamente produzidos estão resultando em novas possibilidades de criação de implantes. Pesquisadores da Universade Johns Hopkins são creditados como os criadores de um novo biomaterial que pode ser injetado sob a pele para ajudar a reconstruir estruturas humanas delicadas, como em partes do rosto. Também são citados os “Silk-Silicon Electronics”, que podem ser implantados em conformidade com os tecidos do corpo, e o trabalho do Instituto Fraunhofer, que desenvolveu a primeira pele artificial produzida em massa, que é “um passo à frente na engenharia de tecidos automatizados”.
Alimentamento (alimentação + medicamento)
Imagens do moodboard do Stylesight ©Reprodução
O Stylesight vislumbra que o casamento entre cosméticos e ingredientes farmacêuticos promete “mudar para sempre a maneira como olhamos para maquiagens e cosméticos”. Isso porque, aplicados no interior do corpo em vez da superfície, os comprimidos de cosméticos “afetam a função biológica da pele. A primeira pílula anti-rugas, do time de John Casey nos laboratórios da Unilever, no Reino Unido, consegue diminuir as rugas por dentro da pele, ativando os genes que melhoram o tom da pele”. Outro exemplo citado é a pílula de proteção solar que, dentro de cinco anos, poderia prevenir queimaduras solares, por meio da utilização de componentes protetores solares naturais que seriam sintetizados em forma de comprimidos de fácil digestão que protegem nossa pele e olhos dos raios UV.
Reprodução: FFWcom.br
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